quinta-feira, 1 de maio de 2014

Conexões de Redes Brasileiras. Alto custo somado a baixa qualidade

Desde de o inicio, as redes de internet brasileiras oferecidas pela rede privada de operadoras deixam a desejar quanto ao serviço fornecido a toda população. 

Dados retirados da revista Galileu mostra que para 65,2% da população brasileira acima de dez anos, enviar um e-mail, teclar no MSN ou fazer uma pesquisa no Google são práticas tão distantes como passear de helicóptero ou dirigir uma Ferrari: 104,7 milhões de brasileiros não acessam a internet, segundo o IBGE. Isto é ruim? Na verdade, é péssimo: segundo a pesquisa Barômetro Cisco (pesquisa que mede a evolução da adoção das tecnologias de acesso à Internet em banda larga no País), existem apenas 5,8 conexões fixas de banda larga para cada 100 brasileiros .

A grande maioria ainda é obrigada a navegar aos trancos e barrancos da conexão discada, aquela que às vezes pega, às vezes não pega, que ocupa a linha do telefone e obriga o usuário a navegar de olho no relógio, já que é cobrada por hora.

Tendo em vista tal problema a USP criou a primeira rede acadêmica brasileira em 100 Gbps.


Até onde se tem conhecimento, este projeto é o primeiro a introduzir a tecnologia de 100 Gbps em uma universidade latino-americana. No projeto, foram adquiridas quatro interfaces de 100 Gbps, o que possibilita a implantação de duas conexões nesta tecnologia. Confirmando o caráter inédito da iniciativa, Claus Troppmair, representante da empresa Juniper Networks, fabricante dos equipamentos, informou que as quatro interfaces adquiridas pela USP são as únicas fornecidas pela empresa no Brasil até o momento.

A nova tecnologia é 50 mil vezes mais rápida que o acesso em banda larga mais
 comum no Brasil (até 2 Mbps, segundo o estudo NetSpeed Report – Ibope Nielsen Online 
de junho de 2012), possibilitando a realização de download de um DVD em menos 
de um segundo ou de um Blu-Ray em apenas quatro segundos. A iniciativa atenderá 
aos desafios trazidos pelos novos paradigmas computacionais, tais como
 a computação em nuvem e o Big Data. Também possibilitará o uso na rede de 
aplicações de vídeo de ultra-alta definição,tais como 4K e 8K, respectivamente, 
4 e 16 vezes a resolução das televisões Full HD atualmente existentes no mercado.

O atraso da internet brasileira tem várias causas. Apenas uma natural: a extensão
 territorial do país. As outras são derivadas de decisões humanas: opções 
políticas equivocadas, uma carga tributária abusiva e baixa competição entre os 
poucos fornecedores de serviços. Essa condição precária poderá mudar nos próximos 
anos se os planos do governo derem certo. Do contrário, perderemos mais uma 
chance de aumentar nossa competitividade. E de usufruir os prazeres da internet.








5 comentários:

  1. Nossa! um sonho. Infelizmente parece que vamos ter que esperar "mais um pouquinho" pra um dia usufruir um pouco de qualidade nas nossas comunicações.

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  2. A tecnologia ja foi mais distante dos brasileiros. Espero que iniciativas como essa se multipliquem e facam do Brasil um Pais "conectado"

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  3. Quem sabe um dia teremos uma banda larga barata e eficiente, que cumpra a velocidade contratada para rotas nacionais e de além-mar. Banda Larga é um item estratégico, tomara que seja tratada como tal. Ótimo post!

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  4. O Brasil ainda está muito limitado devido ao longo processo burocrático necessário para se requerer melhorias nas redes. Atualmente, um dos grandes exemplos de sucesso em relação à integração social das novas tecnologias é a Coreia do Sul, que atualmente investe na tecnologia de redes móveis (ainda experimental) 5G. Fora que a velocidade média do país inteiro é 14,2 Mbps, a mais rápida do mundo.

    O caso do Brasil seria diferente se os provedores não burlassem os deveres deles quanto à disponibilização dos serviços de Internet e se os clientes realmente soubessem de seus direitos. Espero que o Marco Civil da Internet comece a mudar isso.

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  5. O planejamentos das cidades para um futuro mais tecnológico inclui internet banda larga em todos os lugares: desde públicos a privados, domésticos e de trabalho. O Brasil (mas não somente ele) peca muito nesse quesito, pois se usado de maneira certa, a ampla distribuição de banda larga contribuirá para a disponibilização de informação e comunicação entre todas as pessoas, já que se usa mais internet para se comunicar (seja pelo facebook, whatsapp, e-mail) do que meios convencionais como telefone e os não-convencionais, quase instintos, como a carta.

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